Com bom desempenho operacional, a Taurus encerrou o 1º trimestre de 2024 acima das suas expectativas, apesar da situação adversa, externa à Companhia, relacionada ao mercado nacional. A tendência de retomada de crescimento dos resultados vem se confirmando, assim como segue-se constatando a solidez da Taurus e o acerto de seu planejamento estratégico, que envolve a abertura de novas avenidas a partir do desenvolvimento de produtos e negócios.

 

Todos os indicadores operacionais do 1T24 ficaram acima dos registrados no 4T23. Com aumento do volume de vendas, a empresa reduziu os estoques, conforme planejado, e a receita consolidada atingiu R$ 448,9 milhões no 1T24, maior 7,1% do que no trimestre imediatamente anterior, enquanto o lucro bruto aumentou em 23,1% e a margem bruta foi de 32,4%, superior em 4,2 p.p. ao 4T23. 

 

Ao mesmo tempo, a adoção de medidas de contenção de despesas e a obtenção de receitas não operacionais a partir da gestão realizada nos aspectos fiscal e de provisionamento contribuiu para que o resultado antes do resultado financeiro e tributos (Ebit) tenha quase dobrado, apresentando alta de 98,2%, e para que o Ebitda ajustado tenha totalizado R$ 64,7 milhões, um crescimento de 65,9% no período. 

 

Essa boa evolução frente ao 4T23 foi superior, até mesmo, ao esperado com relação ao trimestre a partir de sua avaliação gerencial, considerando inclusive que, a exemplo do que ocorreu em dezembro de 2023, a unidade fabril do Brasil ficou parada por 15 dias em janeiro em função de férias coletivas. E o resultado operacional do 1T24 ainda incorpora fatores que atuam no sentido de pressionar as margens, como as vendas quase inexistentes no mercado brasileiro e o aumento da participação de armas longas no mix de vendas.

 

No mercado brasileiro, as portarias publicadas em dezembro de 2023 que estabeleceram as novas regras aos CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores), ainda não se traduziram em novas autorizações de compra, uma vez que essas regras ainda estão sendo assimiladas pelos órgãos de controle. Ao mesmo tempo, seguem pendentes até o momento questões relativas à aquisição de armas por parte de importante grupo consumidor no País, representado por integrantes das forças armadas, policiais, Corpos de Bombeiros Militares, Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e demais integrantes das instituições do Artigo 6º da Lei 10.826/2003. Prossegue para os próximos meses, portanto, forte demanda reprimida no mercado brasileiro.

 

Além do segmento voltado para o consumidor individual, a Taurus também acompanhou e participou de licitações realizadas por forças militares no Brasil, como a da Polícia Militar de Santa Catarina para fuzis e carabinas em abril de 2024 (2T24), na qual foi vencedora.

 

A Companhia está pronta para lançar no Brasil os modelos de armas Taurus com o inédito calibre .38 TPC desenvolvido pela equipe do Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil Estados Unidos da Taurus (CITE). O lançamento está previsto para maio de 2024, dependendo apenas da homologação, em versões de pistolas da consagrada plataforma G2c, arma mais vendida no mundo na sua categoria, e GX4 Carry, cuja plataforma já recebeu seis importantes prêmios internacionais.

 

Nos EUA, principal mercado da Taurus, com a adequação do nível de estoques da cadeia de vendas para trabalhar com maior giro, a empresa recebeu mais encomendas no 1T24. O volume de vendas nesse país aumentou 16,1% em relação ao último trimestre de 2023, na contramão do principal indicador de desempenho desse mercado, o Adjusted NICS, que mostrou redução de 16,0% do número de pessoas com intenção de comprar uma arma no país no período, em função da sazonalidade após a maior demanda tradicionalmente verificada no final do ano. Ainda assim, a expectativa de que esse mercado siga reagindo em relação aos parâmetros históricos, prévios ao período de pandemia, também se confirmam, uma vez que o Adjusted NICS do 1T24 ficou 16,8% acima do apurado no 1T19 e, em abril, superou um milhão de consultas pelo 57º mês consecutivo. 

 

A Taurus está adotando diversas ações de modo a manter e ampliar sua posição de destaque no mercado de armas nos EUA, onde é a empresa estrangeira com maior volume de vendas. Na maior feira mundial do setor - Shot Show, realizada em janeiro, em Las Vegas, a Taurus marcou presença com um estande em posição de destaque. Além da ampla linha de produtos já tradicional, apresentou no evento uma nova marca nos EUA, a Taurus Hunt, e reposicionou suas marcas já existentes: Taurus, Heritage e Rossi. Apresentou diversos lançamentos, entre eles o novo revólver de cinco tiros da sua marca Heritage, e marcou a entrada em novo e amplo segmento de armas nos EUA com o lançamento pela Taurus Hunt do seu primeiro rifle de ferrolho, o Taurus Expedition, direcionado aos consumidores adeptos à “caça maior”. Ao mesmo tempo, atuou para reforçar a marca Rossi, de direito de uso da Taurus, com tradição de mais de 135 anos no mercado, e lançou também quatro novos modelos de carabinas “Lever Action” da Rossi durante o evento.

 

O mercado internacional, no qual atua principalmente atendendo as forças militares e de defesa, representa para a Taurus um mercado alternativo e complementar com perspectivas positivas, considerando a competitividade dos seus produtos e os projetos de crescimento da Companhia. Começam a voltar em maior volume as licitações internacionais, reduzidas no decorrer de 2023, principalmente após o início do conflito da Ucrânia e Israel. 

 

Depois de ter vencido uma licitação de mais de 12 mil fuzis para o Exército das Filipinas no ano de 2020, a Taurus está classificada em nova licitação lançada pelo Exército desse país, agora para mais de 5 mil fuzis. Está também participando de outras licitações internacionais em andamento, como da Polícia do Chile, para 3 mil pistolas 9 mm, e algumas realizadas por forças militares de segurança da Índia, onde participa por meio da JD Taurus, como da Border Security Force, de 5,4 mil pistolas 9 mm e 1,9 mil submetralhadoras T9, e da Sashastra Seema Bal (SSB), de 1,8 mil submetralhadoras T9.

 

Na licitação de 425 mil fuzis do Ministério da Defesa da Índia, após o envio de amostras de armas, já passou por três fases do processo. Começam, então, os testes de qualificação das armas. A 4ª fase do processo, dos testes de verão, que incluem a avaliação do uso das armas em condições extremas de altas temperaturas, está prevista para ter início em maio. A 5ª e última fase serão os testes de inverno, a serem realizados até o final de 2024, após os quais os vencedores serão anunciados.

 

A operação da JD Taurus na Índia iniciou em março de 2024 e segue com a produção assistida de lotes piloto, contando com o apoio, treinamento e controle de qualidade de profissionais da Taurus do Brasil. Foram realizadas, no 1T24, as primeiras vendas no mercado local por meio da joint venture e a produção está sendo realizada de acordo com os pedidos firmados pelos distribuidores. O plano, de acordo com a empresa, é lançar um revólver no 2º semestre de 2024 e dois modelos de pistolas no 1º semestre de 2025, todos com foco no mercado civil. Entre os próximos passos no planejamento da JD Taurus estão a ampliação de participação em licitações institucionais, a diversificação de fornecedores de componentes críticos e a instalação do SAP nessa unidade, de modo a permitir a integração do sistema com a sua sede.

 

Prosseguem, também, os trabalhos relativos ao MoU – Memorando de Entendimento – firmado em dezembro de 2023 para possível criação de joint venture com a Scopa Military Industries, uma das mais proeminentes empresas de defesa da Arábia Saudita. Está sendo definida a proposta de business plan, incluindo a criação de plano de possível localização da fábrica e a estruturação de proposta de contrato da JV. Essa etapa está prevista para conclusão ainda no 1º semestre desse ano e, caso aprovada por ambas as partes, será seguida pela assinatura do acordo de JV. 

 

A Taurus está, também, desenvolvendo contato com órgãos de segurança pública do governo saudita. Na Arábia Saudita, ainda que não exista no momento licitação oficial em aberto, a National Guard estabeleceu entre os itens com prioridade de compra e/ou desenvolvimento no curto a médio prazo, armas que compõem a linha de produtos Taurus, como submetralhadoras e pistolas 9 mm e fuzis de assalto e de precisão.

 

Outro projeto que está sendo realizado, esse internamente, é o aumento da capacidade instalada e preparação do M.I.M. (Metal Injection Molding) para se tornar uma nova unidade de negócios da Taurus. A tecnologia M.I.M. permite produzir peças de geometria complexa, com baixo custo. O aumento da capacidade de produção de M.I.M permitirá atender as necessidades internas, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros e obtendo economia de custos, assim como aumentar as vendas sob encomenda para terceiros em diferentes segmentos no Brasil e no exterior, tais como: componentes automotivos, dispositivos médicos, indústria aeroespacial, entre outros. 

 

“Temos muitos motivos para seguirmos entusiasmados com o futuro da Taurus: registramos aumento do desempenho operacional no trimestre; as expectativas gerais apontam para a retomada de tendência positiva no mercado norte-americano; a demanda reprimida, acumulada desde o início de 2023 no Brasil, chegará ao mercado em algum momento próximo; estamos vendo a volta de licitações internacionais; e temos diversos projetos em andamento, incluindo as pesquisas e desenvolvimentos do nosso CITE e as ações relatadas em nosso balanço. Temos orgulho também em verificar que as expectativas e os projetos que temos apresentado ao mercado, alinhados ao nosso planejamento, têm se realizado. Enfrentamos, em 2023, um ano com condições de mercado mais adversas, conforme era esperado e foi divulgado, e estamos considerando para 2024 a retomada de uma tendência mais positiva”, afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.

 

Desde o final do mês de abril, a Taurus enfrenta no Rio Grande do Sul a catástrofe climática com alagamentos causadas pelas fortes chuvas no estado. A Companhia está tomando diversas medidas para ajudar a sociedade e, em especial, os seus colaboradores. Ainda que a unidade industrial em São Leopoldo não tenha sido afetada pelas enchentes, em solidariedade à população gaúcha e aos colaboradores, a Taurus interrompeu momentaneamente suas atividades fabris no dia 6 de maio. A Taurus estabeleceu um Centro de Arrecadação e Distribuição de Donativos em um pavilhão de sua unidade fabril (cujos dados podem ser acessados clicando aqui) e recebeu a colaboração de diversas pessoas na organização e distribuição de doações, assim como no restaurante para oferecer refeições aos funcionários e suas famílias afetados pelas enchentes. Nesta semana, a empresa teve a retomada gradual de sua produção local.

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