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1ª Abcarbon Conference: Taurus reafirma pauta ESG e estuda mercado de créditos de carbono

(Indústria de Defesa-BR - 02/07/2023 - WEB)


A Taurus é pioneira na área de segurança e defesa no mundo em adotar a pauta ESG e a divulgar um Relatório de Sustentabilidade, visando trazer impactos positivos para a sociedade, para o meio ambiente e para os negócios.

 

 

 

*LRCA Defense Consulting - 02/07/2023

A Taurus, Empresa Estratégia de Defesa, participou da primeira edição da Abcarbon Conference, evento exclusivo dedicado à sustentabilidade e ao mercado de créditos de carbono realizado em 1º de julho de 2023, no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa de Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

A conferência reuniu especialistas, profissionais de diferentes áreas, representantes de empresas, do governo e produtores rurais para compartilhar experiências, conectar conhecimentos e dialogar sobre boas práticas de ESG (sigla em inglês para “ambiental, social e governança corporativa”).

Com uma programação diversificada, o evento contou com palestras de especialistas renomados e painéis sobre diversos temas, entre eles sustentabilidade e preservação ambiental no dia a dia, mitigação das mudanças climáticas, mobilidade urbana, energia renovável, legislação, o mercado de crédito de carbono, o Pacto Global para a redução de emissões de carbono e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) dentro da Agenda 2030 assinada por governos em todo o mundo.

“A 1ª Abcarbon Conference é um importante encontro entre empresas, governo e entidades comprometidas com a sustentabilidade, que estão em busca de fazer a diferença. Um marco no que se refere a impulsionar a adoção de práticas sustentáveis. Por isso, a Taurus não poderia deixar de participar, já que somos a primeira Empresa Estratégica de Defesa ESG e estamos muito focados nessa área, realizando ações concretas de comprometimento socioambiental. A pauta ESG traz impactos positivos para a sociedade, para o ambiente e para os negócios. Queremos crescer de forma a proporcionar melhoria na qualidade de vida das pessoas e com as melhores práticas de governança para ter um ambiente de negócio saudável, com ações sustentáveis para o futuro do planeta e das próximas gerações”, afirma o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs.

Ao participar do evento, a Taurus reafirma e fortalece sua pauta ESG, bem como colhe subsídios para, eventualmente, participar do mercado de créditos de carbono, um dos temas que estão em estudo e que poderão fazer parte do seu 2º Relatório de Sustentabilidade.
 
A indústria de defesa tem papel essencial, tanto em relação à segurança, como na economia e no desenvolvimento de novas tecnologias, temas extremamente relevantes quando se trata dos pilares ESG.

A Taurus é pioneira na área de segurança e defesa no mundo em adotar a pauta ESG e a divulgar um Relatório de Sustentabilidade, visando trazer impactos positivos para a sociedade, para o meio ambiente e para os negócios.

A empresa criou em 2022 um setor específico voltado ao assunto, formado por uma equipe de trabalho multidisciplinar que atua no mapeamento de oportunidades e melhorias, bem como um Comitê ESG, constituído pela diretoria executiva e gestores de áreas estratégicas.

A Taurus, porém, já vinha adotando uma postura ESG em diversas ações, como as realizadas durante a pandemia da Covid-19, em que passou a produzir as face-shields (escudo facial para proteger contra o contágio pelo coronavírus), em parceria com o Exército Brasileiro, e realizou a distribuição para todo o Brasil. Também foi responsável por duplicar a capacidade de UTIs na cidade de São Leopoldo (RS) com respiradores e bombas de infusão. E segue com investimentos em ações voltadas para o bem-estar da comunidade, como a Unidade Básica de Saúde (UBS) que será construída em área próxima à sede da Companhia, na cidade de São Leopoldo.

Em prestigiado evento ocorrido no dia 02 de maio, a Taurus Armas S.A. apresentou o seu 1º Relatório de Sustentabilidade e promoveu um painel abordando o tema ESG

 

Além disso, a Taurus está comprometida na capacitação e desenvolvimento contínuo das pessoas, com o intuito de contribuir efetivamente para o crescimento pessoal e profissional de seus colaboradores, e em ter um papel ativo no desenvolvimento e uso de tecnologia, construindo um ambiente de colaboração entre a equipe, a empresa e a sociedade. Assim, tem como pilares para a consolidação do conceito ESG: o desenvolvimento de pessoas; investimento em tecnologia e inovação; e ambiente colaborativo.

Neste contexto, conta com o Programa Taurus de Educação Continuada, que inclui uma plataforma de treinamento para qualificação profissional de toda sua operação, além de incentivos aos colaboradores para se qualificarem nos cursos de graduação, mestrado e doutorado em renomadas instituições de ensino.

A empresa também promove a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho, por meio do projeto Taurus do Bem, possibilitando o desenvolvimento pessoal e profissional por meio de capacitações técnicas. A primeira turma se formou em dezembro de 2022, com 11 alunos, e três deles efetivados pela empresa. Além disso, promove cursos em Libras com mais de 60 colaboradores, como forma melhorar a comunicação com pessoas surdas.

Fator chave na estratégia da Taurus, a Companhia se dedica fortemente à pesquisa & desenvolvimento, reforçando a diferenciação de seus processos de produção e de seus produtos a partir do uso de tecnologia, novos materiais e da crescente eficiência industrial, fornecendo produtos e serviços alinhados às práticas ESG.

Os projetos na área de tecnologia e inovação são fomentados pelo Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil Estados Unidos (CITE) da Taurus, que conta com mais de 200 engenheiros voltados à pesquisa e ao desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e processos, que visam também a redução de emissões de gases poluentes, o consumo de energia elétrica, água, entre outros.

Em relação à sustentabilidade e mitigação dos impactos ambientais, a Taurus realiza o mapeamento e projeto para redução de impacto da emissão de gases de efeito estufa; tratamento de efluentes; aplica a logística reversa em grande parte de suas embalagens de produtos químicos; monitora e faz a gestão de resíduos para melhor aproveitamento e destinação, tanto para reuso interno, quanto para a reciclagem, coprocessamento, rerrefino e compostagem, o que representou, em 2022, 94,76% de desvio de aterros na destinação de seus resíduos.

 

Patricia Schacker dos Anjos e Marielen Cozer Ribas, da área de ESG da Taurus

Atualmente, a Taurus conta com dois protocolos globais utilizados para mensurar as práticas ESG, o Global Reporting Initiative (GRI) e o Conselho de Padrões Contábeis de Sustentabilidade (SASB).

“Nosso objetivo é garantir que os planejamentos e projetos da Taurus em ESG estejam alinhados com as melhores práticas de mercado. Para isso, é essencial este engajamento com o setor público e com outras empresas, para adquirirmos e compartilharmos conhecimento e unirmos às nossas ações na empresa”, diz Patricia Schacker dos Anjos, coordenadora de ESG da Taurus, que esteve presente na 1ª Abcarbon Conference junto com a analista de ESG da Taurus, Marielen Cozer Ribas.

Créditos de carbono
Nos últimos anos, o tema do meio ambiente tem sido cada vez mais discutido em todo o mundo. A conscientização sobre a importância de preservar o planeta e a necessidade de mudanças drásticas no modo de vida das pessoas e das empresas tem sido um dos principais motivos de preocupação. É neste contexto que surge o crédito de carbono, uma iniciativa que busca combater as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e incentivar ações mais sustentáveis. Diante das mudanças climáticas que impactam todo o planeta, essa é uma das estratégias – assim como o ESG –, que o mercado encontrou para contribuir para um desenvolvimento mais sustentável.

O conceito surgiu em 1997, quando cerca de 180 países assinaram o Protocolo de Quioto. O acordo exigia que os países reduzissem suas emissões de gases de efeito estufa entre 2008 e 2012 para 5% abaixo dos níveis de 1990, a fim de reduzir as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.

Em 2005, o Acordo de Paris, assinado por 195 países, reforçou a necessidade de redução das emissões de GEE e a criação de um mercado internacional de compensação por meio de crédito de carbono. Entretanto, a regulamentação do comércio só aconteceu em 2021, durante as negociações da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26).

O Crédito de Carbono funciona a partir do registro das emissões de gases de efeito estufa por uma empresa ou organização. A partir daí, é possível medir quanto de dióxido de carbono (CO2) está sendo liberado na atmosfera. O próximo passo é implementar medidas concretas para a redução dessas emissões, tais como o uso de fontes renováveis de energia, a implementação de tecnologias mais eficientes, entre outros. Quando essas medidas são implementadas e as emissões são efetivamente reduzidas, a empresa pode receber créditos de carbono, que representam as toneladas de CO2 poupadas. Como os GEEs se misturam globalmente na atmosfera, não importa onde exatamente eles são reduzidos.

No Brasil, cresce a expectativa de que o Congresso Nacional aprove, ainda em 2023, o Projeto de Lei 528/21, que institui o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), regulamentando a compra e venda de créditos de carbono no País. A criação desse Mercado está prevista na lei que instituiu a Política Nacional de Mudança do Clima (Lei 12.187/09), e é uma recomendação do Protocolo de Kyoto, que visa a diminuição dos GEE.

De acordo com o PL, crédito de carbono é um certificado que atesta e reconhece a redução de GEE, responsável pelo aquecimento global. Pela proposta, um crédito de carbono equivale a uma tonelada desses gases que deixam de ser lançados na atmosfera, criando efetivamente um mercado de ‘cap-and-trade’, ou seja, quem emite mais que o permitido precisa ir ao mercado comprar créditos de quem emitiu menos do que poderia.

Os créditos de carbono estarão atrelados a projetos de redução ou remoção de GEE da atmosfera, como um projeto de reflorestamento, por exemplo. Essa redução será quantificada (em toneladas de gases) e convertida em títulos, conforme regras previstas na proposta. Os títulos gerados serão negociados com governos, empresas ou pessoas físicas que têm metas obrigatórias de redução de emissão de GEE, definidas por leis ou tratados internacionais.

O Projeto de Lei 528/21 foi apensado aos Projetos de Lei 290/20 e 2148/15. O PL 290/20 impõe às usinas termelétricas metas de redução ou de compensação de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e assegura a empreendimentos que produzem energia a partir de fontes renováveis – solar, eólica, geotérmica, energia dos oceanos e da biomassa de origem certificada – direito a títulos que representem créditos de carbono, as chamadas Reduções Certificadas de Emissão (RCE). Já o PL 2148/15 prevê a redução da alíquotas de tributos (IPI, PIS/Pasep e Cofins) sobre a receita de venda dos produtos elaborados com redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE).

Em maio de 2022, o governo federal tentou implementar o mercado de carbono no Brasil por meio do Decreto 11.075/22, estabelecendo que, de forma voluntária, setores da economia apresentassem um plano de diminuição da emissão de gases de efeito estufa. No entanto, a iniciativa foi considerada insuficiente.

Negócio rentável

De acordo com um estudo da representação brasileira da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil), as receitas de crédito de carbono podem gerar US$ 100 bilhões ao Brasil até 2030. Na próxima década, o País tem potencial para suprir até 37,5% da demanda global do mercado voluntário de créditos de carbono e até 22% da demanda do mercado regulado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Atualmente, o mercado europeu responde por cerca de 90% da comercialização de todo o crédito de carbono do mundo. Os principais mercados voluntários de carbono estão localizados na Índia (23,1 milhões de toneladas de CO2 equivalente), nos Estados Unidos (14,4 MtCO2e) e China (10,2 MtCO2e). O Brasil ocupa apenas a sétima posição, com 4,6 mtCO2e.

“O Brasil pode se tornar o maior vendedor de créditos de carbono do mundo, com diferenciação em relação aos outros países pelo custo dos projetos, qualidade dos créditos com impacto social positivo e a multiplicidade de fontes de geração dos créditos”, esclarece Rafael Guazelli, advogado especialista em Direito Ambiental e Agronegócio.

Como lucrar com a comercialização
Empresas que investem em produções sustentáveis e que conseguem reduzir as suas emissões de gases do efeito estufa, como a Taurus, por exemplo, podem ser beneficiadas com o crédito em carbono. A partir de então, têm o direito de vender esses créditos, revertendo o investimento em mais desenvolvimento sustentável para a empresa, alcançando, assim, um ciclo virtuoso.

Em linhas gerais, a comercialização dos créditos de carbono ocorre de forma simples. Indivíduos ou empresas que desejam compensar as próprias emissões de gases de efeito estufa podem comprar esses créditos por meio de um intermediário ou daqueles que capturam diretamente o carbono. A plataforma Carbonplace, por exemplo, é um marketplace global de compra e venda de créditos pelos principais bancos internacionais. Todo processo é certificado por entidades independentes ou vinculadas à ONU.

As empresas podem se preparar e colocar os créditos de carbono no mercado e é possível gerar créditos de carbono a partir dos projetos de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) ou de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). No entanto, a elaboração desses projetos requer a contratação de profissionais ambientais para calcular a redução de gases de efeito estufa gerada pelas instituições. Uma consultoria especializada também pode ser necessária para ajudar na comercialização do ativo, já que ainda não há regras claras. A comercialização pode ser direta, mas muitos negociam em leilões da BM&FBOVESPA e por investidores do mercado do RCE (Redução Certificado de Emissão).

“O crédito de carbono é definido no Brasil como um ativo financeiro, ele pode ser comercializado da mesma maneira que criptomoedas, de modo que, seu valor de mercado pode dar um salto dependendo da situação. O crédito de carbono também pode ser negociado diretamente entre o comprador e o vendedor, não sendo necessária a intermediação da bolsa de valores”, informa Rafael Guazelli.

Outro ponto importante que o investimento em créditos de carbono possibilita é a melhora da imagem da empresa no mercado. Quando a marca demonstra que está investindo em formas sustentáveis de desenvolvimento, ela mostra ao consumidor a sua preocupação com a qualidade de vida e com o meio ambiente.

*NE: os tópicos sobre créditos de carbono foram compilados e adaptados de matérias de conteúdo livre existentes na Internet.



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