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As 10 melhores e piores ações da Bolsa em 2021

 

Bolsa

 

 

A Bolsa brasileira, sempre medida pelo comportamento do Ibovespa, acumulou no ano que se encerra um tombo de mais de 11%. Mas, claro, teve papel se saindo muito bem e outros amargando desvalorizações muito mais intensas. Veja abaixo as ações que mais subiram e caíram em 2021, considerando as empresas que compõem os índices Ibovespa e Small Caps (de companhias menores).

AS AÇÕES QUE MAIS SUBIRAM:

Embraer (+180%): Depois de ter um dos piores desempenhos de 2020 na B3 com o choque da Covid, que colocou os aviões no chão, e com a Boeing desistindo de uma joint venture com a brasileira, a Embraer deu a volta por cima. As encomendas de aeronaves comerciais voltaram, e a companhia entrou em peso no nicho de carros voadores com a EVE.

— A EVE, cuja listagem nos EUA acaba de sair com valor acima do esperado, pode verdadeiramente mudar a Embraer de patamar e transformá-la em um player de tecnologia — disse Rodrigo Crespi, analista de empresas da Guide.

Ferbasa (+157%): Desconhecida do grande público, a Ferbasa é a maior fabricante de ferroligas do Brasil e única produtora integrada de ferrocromo das Américas. A companhia melhorou substancialmente seu balanço em 2021, com a combinação da valorização dos seus produtos, câmbio favorável (ela é exportadora) e aumento no volume de vendas.

Braskem (+144%): A petroquímica foi favorecida pela alta do dólar e pela definição sobre como Petrobras e Novonor (ex-Odebrecht) sairão do seu controle.

— A empresa gerou tanto caixa que tem sido generosa nos seus anúncios de dividendos — acrescentou Crespi.

Positivo (+113%): A fabricante de equipamentos eletrônicos soube se adaptar à menor demanda dos consumidores finais por computadores e celulares no segundo ano da pandemia, crescendo as vendas para o setor público (como urnas eletrônicas e tablets escolares) e para empresas que estão reabrindo seus escritórios.

Unipar (+101%): A companhia foi favorecida pelo chamado “superciclo da petroquímica”, se beneficiando da disparada dos preços da soda cáustica e do PVC, seus principais produtos. Com isso, foi uma das melhores pagadoras de dividendos da Bolsa.

Technos (+78%): No passado recente, a marca de relógios chegou perto de sucumbir à concorrência chinesa e ao advento do smartwatch. Mas a companhia se reestruturou, entrou no mercado de relógios inteligentes e voltou a cair na graça dos investidores.

SLC Agrícola (+67%): A produtora de grãos foi beneficiada pela alta dos preços da soja e do milho e pela desvalorização do real (ela é sobretudo exportadora). A fusão com a Terra Santa Agro também foi bem avaliada pelos investidores.

JBS (+65%): Tanto JBS como Marfrig se beneficiaram da forte demanda por carne bovina na retomada econômica dos EUA, de onde vem parte importante da receita das duas. Ao mesmo tempo, foram pouco impactadas pelo embargo chinês à carne brasileira em 2021.

Ambipar (+59%): Depois de estrear na Bolsa em 2020, a empresa de gestão de ambiental empreendeu uma agenda intensa de aquisições no exterior, contratou Gisele Bündchen como embaixadora e surfou o apetite dos investidores por ativos ESG.

Taurus (+59%): A fabricante de armas foi beneficiada pelo dólar alto e pela demanda aquecida por armas nos EUA, conseguindo bater recorde de produção e entregando lucro de R$ 428,1 milhões no ano até o terceiro trimestre.

 

AS AÇÕES QUE MAIS CAÍRAM:

Entre as piores ações do ano, os motivos foram mais setoriais, com os investidores punindo empresas de tecnologia, e-commerce, varejo e construtoras.

— No e-commerce, um fator “micro” é a força da Shopee, que está mirando tíquetes mais elevados e passando a competir com players como Magalu. Além disso, a competição de Mercado Livre e Amazon está cada vez mais forte. No “macro”, o que pesa é a inflação e a mudança da cesta de compras. Conforme voltam às ruas, aos restaurantes e às viagens, as pessoas gastam menos com e-commerce. E, no ano passado, comprou-se muito eletroeletrônico, cujo consumo não é recorrente. Isso pressiona as margens dessas empresas — disse o analista da Guide.

A alta de juros também impôs um freio ao setor de construção, enquanto empresas de componente tecnológico foram, em geral, reavaliadas para baixo pelos investidores.

O Pão de Açúcar aparece no ranking por uma questão técnica: a cisão do Assaí provocou uma correção natural dos seus papéis em março. Desde então, as ações recuaram apenas cerca de 9%.

Enjoei (-77%)

Magazine Luiza (-71%)

Pão de Açúcar (-71%)

Via (-67%)

Tecnisa (-63%)

Neogrid (-63%)

Helbor (-61%)

Americanas (AMER3, -58%)

Plano & Plano (-57%)

Lopes (-55%)

(Atualização: a matéria foi atualizada para alteração da posição das Americanas no ranking. Anteriormente, o texto usava o papel LAME4 como referência. Ele caiu 77% no ano, mas sua cotação sofreu um ajuste importante em virtude de uma reorganização societária que envolveu a combinação com a B2W e resultará no agrupamento de todos os papéis (LAME3 e LAME4) sob a ação AMER3. Por causa disso, o ranking passou a considerar o desempenho desse ticker no ano).    

 

 

fonte:https://blogs.oglobo.globo.com/capital/post/10-melhores-e-piores-acoes-da-bolsa-em-2021.html



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