A divulgação dos resultados do 3º trimestre de 2024 da Taurus se dá em uma data especial, a uma semana do aniversário da empresa que, no dia 17 de novembro, completará 85 anos. Está em seu DNA a capacidade de se transformar, adaptar e modernizar, o que é essencial para uma empresa alcançar tal longevidade. A Taurus realizou um grande processo de modernização da operação nos últimos anos e está continuamente se adaptando às condições do mercado e às demandas dos consumidores, com lançamentos, ampliação de portfólio, busca de novos mercados ou mesmo ajustes no volume e mix de fabricação, a partir da flexibilidade operacional que tem atualmente na operação.

O ano de 2024 tem se mostrado desafiador para a Companhia em função das condições de mercado, que vão aos poucos se alinhando após passar por condições atípicas, com a questão regulatória no Brasil e o gradual retorno a níveis mais normalizados de demanda nos EUA, após a alta sem precedentes no período de pandemia.  

Nos 9 meses de 2024, tanto o desempenho do mercado como o da Taurus se apresentaram de acordo com as expectativas. Os resultados foram superiores ao dos 9 meses de 2019 em termos de receita, Ebitda e lucro líquido. No 3º trimestre de 2024, mais uma vez, a margem bruta da Companhia, de 35,5%, foi acima do registrado por empresas norte-americanas do setor listadas em bolsa de valores, confirmando o diferencial da Taurus em termos de eficiência e custos de produção entre os mais competitivos do mundo.

A perspectiva é que não ocorram alterações significativas no cenário do mercado esse ano, com a demanda nos EUA apresentando leve aumento, inclusive em função das maiores vendas sazonais com o início do período de caça nesse país, Black Friday e Natal. Houve a recente eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA e a indicação de que o Partido Republicano conquiste o controle do Senado e a maioria das cadeiras também da Câmara, proporcionando uma confortável liderança para a aprovação de seus projetos. O 1º mandato do novo presidente pode ser um bom indicador de como deverá ser o 2º. Considerando seu histórico e posicionamento durante a campanha, Trump deverá retomar uma política econômica expansionista, com medidas para a redução da inflação, aumento do consumo e promoção do investimento, com foco no crescimento.

“Estamos preparados para atender ao consumidor norte-americano, mantendo a estratégia de sempre apresentar novidades ao mercado. Como temos fábrica nos EUA e no Brasil, podemos adaptar o mix de produção da melhor forma, buscando otimizar as oportunidades que o mercado apresentar. Estamos, ainda, preparando para 2025, o lançamento nos EUA de uma pistola para o mercado civil que tem potencial de vir a se tornar novo líder de vendas nesse país”, afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.

Com relação ao mercado brasileiro, a Taurus considera para o próximo trimestre pequena alta da demanda, mas ainda sem retomar aos patamares dos dois últimos anos do governo anterior, antes da mudança das regras do setor. Além do mercado civil nacional, a empresa atende forças policiais e militares, como na licitação internacional da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) para 37 mil pistolas TS9, na qual apresentou o melhor preço. A Companhia está na fase de habilitação, com a apresentação, até início de novembro, do certificado referente aos testes da Norma Senasp.

Está também sempre acompanhando e explorando as oportunidades de negócios nos outros mercados internacionais. Na Arábia Saudita, por exemplo, tem mantido contato com a Guarda Real e a Guarda Nacional para fornecimento da linha de fuzis e submetralhadoras. Nas Filipinas, onde já realiza importantes vendas ao mercado militar, ganhou mais duas licitações, em setembro e outubro, para a entrega de pistolas TS9 a Polícia Prisional e de fuzis T4 para polícias municipais.  

A Taurus chega aos seus 85 anos como uma empresa sólida em termos operacionais, financeiros e de gestão. As mudanças realizadas na Companhia nos últimos anos foram fundamentais para isso. Hoje tem como “ferramentas” para os negócios, a eficiência operacional e a capacidade de inovação. Segue com o direcionamento estratégico de crescimento, dedicação à pesquisa e desenvolvimento a partir do CITE – Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/Estados Unidos, e ampliação do portfólio de produtos. Tem projetos em diferentes fases de desenvolvimento, alguns já concluídos e outros em andamento, como:

     - A joint venture para a fabricação de carregadores (TJM) no 3T24 contribuiu com cerca de R$ 1 milhão para o resultado da Companhia. Atualmente, cerca de 40% das pistolas vendidas pela Taurus nos EUA, Brasil e demais países de atuação, têm o carregador TJM.

     - Na Índia, com a fábrica em operação, as vendas no mercado civil local estão sendo realizadas e a empresa está participando de licitações. No 3T24, o resultado de equivalência patrimonial da JD Taurus respondeu por quase 10% do resultado da Companhia no período. Está participando de licitações com forças paramilitares e polícias estaduais para a pistola TS9, submetralhadora T9, fuzil T4 e T10. Essas oportunidades devem ser concluídas no 1º semestre de 2025 e, em conjunto, superam a demanda de 20 mil unidades. Entre novembro e dezembro de 2024, entregará 550 submetralhadoras T9, a serem produzidas localmente com kits de peças enviados do Brasil, contratadas pelo Comando do Norte do Exército Indiano. Segue ainda o processo de licitação de 425 mil fuzis para o Exército indiano, com a Taurus qualificada para a etapa de teste de performance, no norte da Índia, prevista para ocorrer em dezembro.

     - O projeto de mais uma joint venture, com a Scopa Military Industries na Arábia Saudita, com a instalação de uma operação nesse país, está evoluindo. Foi apresentado às autoridades sauditas o Plano de localização e transferência de tecnologia, contemplando a fabricação, no curto prazo, de pistolas 9mm e fuzis 5.56 e .300 BLK e, no médio e longo prazo, a possibilidade de ampliação de portfólio com a fabricação de armas até o calibre .50, visando atender às demandas internas da Arábia Saudita e dos países membros do GCC.

     - O lançamento no Brasil de armas com o calibre .38 TPC, inédito a nível mundial, foi realizado com sucesso no 3T24, havendo a possibilidade de disponibilizar esses produtos também para mercados no exterior.

     - Há expectativa de que sinergias possam ser criadas para a Taurus a partir da recente aquisição de participação relevante na holding Colt CZ, tradicional grupo tcheco do setor, pelo Grupo da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), seu acionista controlador. A nova estrutura societária na Colt CZ pode vir a criar oportunidades para a Taurus se destacar ainda mais como um “hub” de peças.

     - As pesquisas de soluções tecnológicas avançadas, em parcerias com universidades, como sobre a aplicação de nióbio, estão avançando. Um exemplo é a utilização da tecnologia M.I.M. para a produção de peças complexas, com alta precisão e baixo custo. Em outubro, integrantes do Laboratório de Materiais da Universidade Federal de Santa Catarina estiveram na sede da Taurus, quando foram discutidos com a equipe do CITE os avanços dos projetos "Desenvolvimento de ligas sinterizadas e processos de tratamento de superfícies para a indústria de defesa" e "Novas tecnologias em materiais”.

     - Também em termos de tecnologia, a Taurus recebeu o forno de M.I.M. de última geração adquirido, que está sendo montado e deverá estar em funcionamento a partir de dezembro, proporcionando incremento de 100% na capacidade da Companhia de sinterização de peças.

Adicionalmente, a empresa está continuamente buscando novas vias de crescimento, de modo a ampliar os negócios e seguir fortalecendo o destaque da Companhia no cenário internacional do setor. Nesse sentido, está se preparando para ampliar o portfólio de produtos no segmento policial e militar. Está também pesquisando o mercado da Turquia, país que tem investido na indústria de defesa, obtendo grande avanço nos últimos anos.  

A atual estrutura da Taurus, que conta com sólidos fundamentos e o reconhecimento internacional da qualidade de sua operação e de seus produtos, permite a confiança de que a empresa segue no caminho do crescimento.